09/10/2008

Em "Waltz with Bashir" a psicodelia esta em alta.

 

Os personagens do filme enchem a cara de álcool, tomam drogas e enxem os seus fuzis com adesivos de seus heróis favoritos. 

"Waltz with Bashir". Dirigido pelo israelense Ari Folman, faz uma mistura de animação, histórias em quadrinhos e o bom rock'n'roll para contar a história verídica de um ex-soldado profundamente afetado pelos traumas de ter servido durante a Guerra Civil no Líbano, no início da década de 80. Sem se lembrar exatamente do que aconteceu naquele período, o personagem central do longa - na verdade, o próprio diretor - parte em uma viagem física e mental em busca de seu passado. Apesar de "animado", "Waltz with Bashir" é praticamente uma aula de geopolítica: oferece um panorama detalhado dos eventos e personagens que levaram ao massacre de Sabra e Shatila, duas vilas palestinas ao sul do Líbano que, durante três dias em 1982, foram destruídas por milícias cristãs falangistas do presidente Bashir Gemayel - tudo com o consentimento do então ministro da defesa de Israel, Ariel Sharon. Mais que isso, contudo, o filme é um mergulho profundo e altamente oportuno, em tempos de guerras não só em Israel mas no Iraque, Afeganistão, Georgia etc., na mente de jovens que, como o próprio Folman define, têm "a guerra no seu DNA".

O longa, que por vezes parece  grande em outras divertido,faz uma  comparação entre críticas e a glamourização da cultura bélica é bastante sutil em "Waltz with Bashir". Com jovens comuns - só que fardados embalados ao som de bandas punk como PiL, de Johnny Lydon, e alguns nomes do underground local, os personagens do filme enchem a cara de álcool, tomam drogas e enxem os seus fuzis com adesivos de seus heróis favoritos.  Mas, sem fugir de suas verdadeiras inteções. Ao fazer o filme Folman, queria descrever a longa e terapêutica jornada de volta à sanidade, e chega a  inserir em um momento-chave da história  imagens reais da guerra que vivenciou. 

Fonte: G1

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