Muita discussão marcada por duas linhas de defesa. Assim foi repercussão da entrevista de Pablo Capilé ao “O Inimigo” no dia 11/01 desse ano. Com o título Mercado (mutante) Independente, escrita por Hugo Morais, na entrevista Capilé explica sobre o funcionamento do Fora do Eixo, como os coletivos se ligam a esse circuito e como eles trabalham de forma interdependentes.
Uma das maiores polêmicas foi a parte em que Pablo diz:
“Eu sou dentro da ABRAFIN um defensor de que não se deveria pagar cachê as bandas. Festival é uma mostra. É entender que uma banda só vai ter um público de 6000, 7000 pessoas em Cuiabá no Festival Calango. Se a banda não entender que o principal lastro dela é público, se mata também. Tem um exemplo forte disso que é o Cidadão Instigado. O Cidadão Instigado vai numa revista e fala que a ABRAFIN é uma máfia. Só que o Cidadão está acostumado com o padrão SESC de cachê. Aí acredita que aquilo que o SESC banca para ele, é o que ele tem que receber. Só que lá em Cuiabá o Cidadão Instigado não leva 30 pessoas. Essas 30 pessoas pagando R$ 20.0 dá R$ 600.00. E o meu festival é praticamente gratuito. Mas se pagassem R$ 20.00, dava R$ 600.00. Aí a gente triplica isso pelo valor agregado, a banda esteticamente é bacana. Então além da bilheteria, vamos dar uma triplicada nisso aí. Dá R$ 1.800,00. Só de cachê o cara me pede R$ 4.000,00. Então só de cachê saímos em um déficit de R$ 2.200,00, sem contar as passagens. Então se ele não consegue equilibrar isso, entender que o festival forma público e que para ele voltar e ter público teve que construir esse lastro, fica difícil estabelecer uma negociação”.
“Eu sou dentro da ABRAFIN um defensor de que não se deveria pagar cachê as bandas. Festival é uma mostra. É entender que uma banda só vai ter um público de 6000, 7000 pessoas em Cuiabá no Festival Calango. Se a banda não entender que o principal lastro dela é público, se mata também. Tem um exemplo forte disso que é o Cidadão Instigado. O Cidadão Instigado vai numa revista e fala que a ABRAFIN é uma máfia. Só que o Cidadão está acostumado com o padrão SESC de cachê. Aí acredita que aquilo que o SESC banca para ele, é o que ele tem que receber. Só que lá em Cuiabá o Cidadão Instigado não leva 30 pessoas. Essas 30 pessoas pagando R$ 20.0 dá R$ 600.00. E o meu festival é praticamente gratuito. Mas se pagassem R$ 20.00, dava R$ 600.00. Aí a gente triplica isso pelo valor agregado, a banda esteticamente é bacana. Então além da bilheteria, vamos dar uma triplicada nisso aí. Dá R$ 1.800,00. Só de cachê o cara me pede R$ 4.000,00. Então só de cachê saímos em um déficit de R$ 2.200,00, sem contar as passagens. Então se ele não consegue equilibrar isso, entender que o festival forma público e que para ele voltar e ter público teve que construir esse lastro, fica difícil estabelecer uma negociação”.
Muitos não compartilham dessa idéia, porém o número de pessoas que não entendem o que é um coletivo é absurdamente grande. Essas palavras geraram mais de 180 comentários o qual pessoas criticam e defendem como esse comentário de Luiz Manghi “Foda essa história da banda se bancar pra tá tocando. Certo que os festivais são uma mostra e tal, você ta indo lá pra mostrar seu trabalho, mas porra…o quanto não custa sair viajando pelo Brasil pra tocar! É foda…minha banda mesmo está abandonando a ideia de uma turnê agora porque tamo sem grana. Não sou a favor de ninguém fazer dinheiro tocando em festival não…mas os festivais tem que ter a consciência de pelo menos ajudar a banda financeiramente também!”
Renato defende: “... Não consigo ver o trecho do texto onde o Capilé banca o espertão tentando ganhar dinheiro com o trabalho dos outros. O que vejo na verdade é uma tentativa de diálogo entre as bandas e os produtores onde todos precisam ceder. Ele fala no texto que é contra o pagamento de cachês (realmente!), porém, dentro da ABRAFIN e não é citado também que uma banda precisa bancar a ida ao festival (já que isso pode entrar como uma ajuda de custo e não cachê)”.
O Miranda, aquele do programa Ídolos, deixou o seu comentário: "Sabe uma coisa mais engraçada nisso tudo? que o Capilé é o maior durango. muitas vezes quando os gordos malucos (eu e o Fabricio) vamos jantar ele foge porque acha que a gente gasta mais do que ele pode em comida. se vcs querem saber, admiro o Capilé, sujeito idealista, assim como Fabrício Nobre, grande batalhador. Sei muito bem o trabalho que dá fazer as coisas que eles fazem. é foda que fazem isso muito mais pelos outros que por eles mesmos. se o cara quisesse ganhar dinheiro montava outro negócio, não festival de banda independente que é tudo uma cambada de duro. hehehe. na real, deviam parar de fazer os festivais e fodam-se a cena, as bandas, eu, tudo… e botar um mercadinho. dá menos trabalho e mais dinheiro. e fica curtindo som idependente gringo baixado em mp3, que é de graça. hehehe"
Cabe a vocês decidirem o que acham e decidir quanto a visibilidade que o Megalozebu está trazendo para o cenário independente em Uberaba, nós somos fruto desse circuito e o que fazemos faz parte de uma mesma ideologia.
Fonte: Megalozebu
Texto: Verônica Boaventura
Reportagem Original retiradas do site O Inimigo
Reportagem Original retiradas do site O Inimigo
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